A sua rede foi invadida por hackers? Ele invadiu a sua rede de bots e está enviando milhares de e-mails de spam a partir da sua conta de e-mail? Quão rápido você consegue identificar o ataque e implementar as contramedidas? Nesse artigo, você saberá como é possível detectar as atividades criminosas com inteligência artificial (IA), especialmente com o aprendizado de máquina, muito antes de elas causarem danos. Acompanhe-me nessa busca pelas pistas!
Em razão da crescente digitalização, não apenas se disseminam os processos comerciais no mundo digital, mas também a criminalidade. Em vez de destruir as empresas, os hackers invadem suas redes. E a essa altura, como podemos nos proteger agora e no futuro contra isso? A resposta: Primeiro, deve-se deixar claro se as empresas pensam antecipadamente em todos os requisitos de segurança necessários e se tomam as medidas adequadas. Caso não sejam planejadas ou implementadas as medidas de segurança no âmbito da digitalização, surgem falhas de segurança, que facilitam a vida dos hackers. Por exemplo, quando as interfaces entre o Legacy e os novos aplicativos tornam-se desprotegidas. O objetivo dos ataques: Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. O crescimento constante do mercado de criminalidade cibernética possibilita a compra de dados de cartão de crédito roubados e senhas por alguns dólares. Além disso, é possível contratar por clique os ataques de negação de serviço nos servidores das empresas.
Quão rápido você pode detectar um ataque cibernético? A partir de quando ele se torna crítico? Fato: Caso uma empresa perceba a ocorrência de um ataque à rede da empresa somente após três dias, isso é definitivamente tarde demais para evitar grandes prejuízos. Mas como é possível detectar esses ataques de forma imediata ou antecipada? As empresas precisam de um sistema de alarme e monitoramento e, em segundo lugar, do aprendizado de máquina. Na segurança cibernética, é possível utilizar algoritmos baseados no aprendizado de máquina para identificar eventuais casos de segurança, cenários de invasão e uso indevido ou, ainda melhor: impedi-los antecipadamente. Nesse processo, as tecnologias para a IA ou aprendizado de máquina são conhecidas como uma subdisciplina da IA desde a década de 1950. Então por que ela não foi utilizada anteriormente? O motivo é que a capacidade de computação altamente escalável, que é capaz de processar, avaliar e armazenar rapidamente grandes volumes de dados foi disponibilizada apenas agora.
Para poder identificar os incidentes de segurança, é necessário um sistema de alarme e monitoramento ou uma solução de gerenciamento de eventos e segurança da informação (SIEM). A solução SIEM coleta dados por meio do comportamento do usuário e do sistema e os avalia posteriormente. Quem efetuou o login? Em qual localidade? Com que frequência ocorrem falhas nas tentativas? Quais portas são controladas? É por isso que temos cerca de 200 profissionais de segurança que, com muita energia e conhecimento especializado, reduzem o volume de dados para a medida adequada e, em seguida, os avaliam com ferramentas inteligentes e em tempo real, bem como adotam medidas de proteção imediatamente em caso de procedimentos suspeitos. Nesse processo, já rastreamos, impedimos e conhecemos detalhadamente diversos cenários de ataque. Com o auxílio da inteligência artificial, avaliamos um grande volume de dados da rede, identificamos os ataques cibernéticos imediatamente e implementamos as contramedidas correspondentes.
Ao fazer o monitoramento com o SIEM, o próximo passo é a IA: O SIEM define quando algo não habitual acontece com a rede. Quando, por exemplo, usuários efetuam o login de madrugada ou inserem diversas vezes uma senha falsa. Os algoritmos inteligentes aprendem a avaliar esses casos e distinguir entre os casos normais e anormais. Então como o algoritmo sabe se eu esqueci a minha senha ou se está ocorrendo um ataque cibernético? Como não saber? Após inserir uma senha, tenta-se novamente inserir outra.
Inserir uma senha incorreta apenas uma vez não representa risco suficiente, pois o SIEM sempre correlaciona diversos fatores. Caso o SIEM associe a inserção da senha a “tentativa de login em um período não habitual”, “diversas tentativas de senha incorretas” e “conta de usuário privilegiada”, será gerado um alarme a partir de todos esses eventos.
Para impedir que as contas ou a identidade digital seja bloqueada automaticamente por meio dos endereços IP afetados, as equipes de TI verificam a situação no Centro de Operações de Segurança (SOC) e apresentam a resposta ao incidente, ou seja, uma reação adequada ao incidente de segurança de TI. O receio de que o seu comportamento possa ser confundido como ataque cibernético é, portanto, extremamente pequeno. Concomitantemente, as equipes de TI no SOC treinam o algoritmo para que ele possa, da próxima vez, reconhecer um ataque similar mais cedo e possa responder mais rapidamente. A regra geral: Quanto mais ataques, mais rápido e melhor a IA aprende. Isso faz com que os sistemas se tornem mais seguro no longo prazo.
O tempo é um fator decisivo para a defesa contra os ataques cibernéticos. A IA ajuda a identificar novos padrões de ataque e a responder às alterações nos padrões de ataque conhecidos de forma rápida. Anteriormente, os especialistas em segurança levavam muito tempo analisando os cenários de ataque e escrevendo normas complexas, por meio das quais era possível detectar esses ataques. Hoje em dia, os algoritmos de IA podem assumir esse trabalho em um volume grande de dados. Eles identificam anomalias, sem precisar ser programados para reconhecer determinadas ameaças. Essa é uma grande vantagem da defesa cibernética, pois, dessa forma, é possível responder, de forma mais rápida e flexível, às novas ameaças e às mudanças nos cenários de ataques.
A IA continuará sendo um elemento-chave no futuro para a segurança cibernética? A resposta é claramente sim. A IA será decisiva no processo de identificação de anomalias. Sempre haverá casos de aplicação, em que a IA fornece valor agregado real, que não poderíamos obter sem ela. Mas nem sempre! Pois a utilização da IA também é limitada. A IA não reconhece todos os padrões. Nesse ponto, os especialistas devem definir regras claras e individuais para diversos casos. Além disso, o uso de IA deve sempre observar os princípios éticos, jurídicos e relevantes do ponto de vista da proteção de dados. Com as nossas diretrizes referentes à IA e nuvem soberana, contamos com uma estrutura para que 1) os sistemas de IA e a sua utilização estejam em conformidade com os valores da nossa empresa, os princípios éticos e as convenções sociais e 2) o processamento de dados referente aos aplicativos de IA ocorram em nossos centros de dados altamente seguros e mediante a observância do LGPD e em território europeu.